Como interpretar os gráficos D.I.S.C. 

Afinal, qual é o melhor formulário de teste para o D.I.S.C? Compreenda os tipos de formulários possíveis em exemplos práticos e saiba interpretar os gráficos D.IS.C

Tão importantes quanto os relatórios, os formulários são determinantes na interpretação dos gráficos D.I.S.C. . Temos basicamente 3 tipos de formulários:

1.     o que apresenta situações e você tem que escolher a que melhor     representa o quê você faria;   
2.     o que mostra grupos de palavras e você deve marcar as duas que     melhor representam o seu comportamento e as duas que menos tem a     ver com o seu comportamento;   
3.     e finalmente, os que apresentam afirmações e você deve marcar as     palavras que melhor te representam em cada afirmação.

Quero ressaltar que todas as 3 formas são válidas para se montar os perfis D.I.S.C. de um indivíduo.  Outro ponto importante é saber qual formulário está baseado o teste antes de interpretar um gráfico D.I.S.C.. Não saber qual tipo formulário ele foi gerado é um grande erro e pode gerar distorções na análise final.

Se você não conhece os perfis e a metodologia, neste artigo explicamos tudo o que você precisa saber sobre a metodologia D.I.S.C

O primeiro tipo de formulário, o que apresenta situações do cotidiano e dá opções para que você marque como agiria, funciona, geralmente, contando “pontos” para cada fator D.I.S.C. dependendo da opção marcada.

É comum a estes formulários que uma das opções esteja atrelada um dos fatores, por exemplo, a opção (A) sempre traz uma resposta ligada a Dominância, a (C) a Influência e assim por diante, no final a tabulação tem a ver com a quantidade de letras marcadas.

Vejam um exemplo de questão retirada de um desses formulários gratuitos online:

Quando alguém dá uma opinião e eu discordo, é mais provável que eu …

a) Digo que sou contra.

b) Digo algo engraçado.

c) Peço mais informações.

d) Aceno negativamente e não digo nada.

    Esses tipos de formulários, são encontrados muitas vezes gratuitos de forma online ou por planilha, trazem problemas desde o preenchimento até a interpretação.

Como geralmente um fator D.I.S.C. sempre está ligado a uma opção, ou seja, marcando mais letras (A), da dominância alta, a pessoa que está preenchendo pode perceber isso e ficar tendenciosa a marcar mais (A) se isso for do “gosto” dela. O ideal é que seja difícil para quem preenche perceber este tipo de relação, isso faz com que estes formulários sejam mais fáceis de se manipular. A ideia é que o candidato não enxergue o padrão e responda da forma mais sincera possível.

Como também é possível preencher muitas vezes, a pessoa também pode “decorar” as respostas e marcar de acordo com a sua vontade, mais uma vez, fica mais fácil a manipulação.

Também importante é a tabulação. É possível saírem gráficos com valores distorcidos, pois a pessoa marca opções apenas com respostas relativas a dominância e influência altas e não marca nenhuma das opções relativas a estabilidade e conformidade, assim o perfil mapeado conterá os fatores D e I maiores que 50% e S e C zerados.  Isso não representa uma realidade possível de acordo com os estudos da metodologia.

E o mais importante: Quando a pergunta não situa um “ambiente”, pois comportamento é situacional, gera uma série de interpretações para a pergunta. Por exemplo, se eu estou numa consulta médica e o médico dá uma opinião que eu discordo, na questão acima eu marcaria letra A, se eu estou numa roda de amigos num bar, minha resposta seria B, se estou perdido numa cidade que não conheço, responderia C e se estou em uma discussão que minha opinião não fará diferença alguma, posso responder D.

Assim, quando estamos analisando um gráfico D.I.S.C. que foi gerado de um formulário desse tipo, devemos primeiro perguntar a pessoa se ela respondeu de forma espontânea, sem forçar um resultado. Também temos que validar com ela os valores indicados para cada fator com outras perguntas relativas ao ambiente necessário, com indagações do tipo : “Caso isso acontecesse no ambiente de trabalho, você teria a mesma resposta?”. Sem falar que temos que investigar sobre o momento atual e os possíveis desafios que a pessoa pode estar passando.

Tenho a certeza que tomando cuidado com esses pontos, um bom analista conseguirá obter as informações básicas sobre o comportamento observável da pessoa e conseguirá ajudá-la a atingir alguns resultados, sempre lembrando que estará “engessada” por causa das limitações que este tipo de formulário tem. Para uma análise mais profunda, este formulário não é adequado.

No próximo artigo,  contarei sobre o formulário 2, aquele que mostra grupos de palavras e você deve marcar duas que melhor representam o seu comportamento e duas que menos tem a ver com o seu comportamento.

Abraços e até lá!

Uma avaliação D.IS.C bem feita deve ser conduzida por profissionais especialistas na metodologia. A DomIneSCo, especialista em Gestão de Pessoas atende em todo o país e já conta com mais de 1 milhão de testes D.I.S.C s coletados. Entre em contato por telefone ou pelo site:

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Luís Otávio — É Sócio diretor da DomIneSCo Soluções em Gestão de Pessoas LTDA., Formado em Gestão de Pessoas e especialista em desenvolvimento de ferramentas baseadas na Metodologia D.I.S.C. . Apaixonadamente desde 2002 atuando em desenvolvimento de sistemas D.I.S.C. , organizacional e de pessoas.